Domingo, 3 de Junho de 2007

Dias sem memória

Hoje é que é o dia do presente
mas de todos os dias passados
poucos me estão presentes
porque há dias sem memória

Era desses que eu me queria lembrar
desses que não obedecem a datas
que são livres e foram felizes

Porque se misturaram na vida
numa amálgama de pequenas coisas
como o fumo das casas se dilui nas nuvens

Imagino-os de madorna, vagos como a paz
se calhar foi num desses dias que tudo começou,
exactamente aí...
Quando a lua sobe e deixa o dia escoar no calendário

Folheio uma agenda desactualizada e sem interesse
quando penso que todos os dias nascem
novos dias

Marc Chagall - Enchantement vesperal
Marc Chagall, Enchantement vesperal

Sinto-me:
Estou a ouvir: Maximilian Hecker- Infinite Love Song

Autor: Nina Ferrer às 16:03
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6 comentários:
De Andy More a 11 de Junho de 2007 às 23:06
Tens uma maneira batante original de dizeres poesia... Há dias assim, pois não interessa memoriza-las.

Um beijo sem demora...


De JPAnunciação a 13 de Junho de 2007 às 15:49
Esses dias livres sem o trânsito das horas num relógio qualquer que se sucedem entre luas que alto sobem, sobre os dias que nascem sem nos acordar.
Tempos que mais que dias, são imagens num espaço que não precisamos de datar.
Muito agradável o poema e a música excelente!
Um beijo.


De conchitamachado a 27 de Junho de 2007 às 00:57
"... todos os dias nascem novos dias."

Amei seu poema, Nina Ferrer!
ABRAÇO com carinho**


De Silêncio Culpado a 18 de Agosto de 2007 às 18:13
Este poema tem alma e garra. É de alguém que sabe que o momento é breve e que, por isso, há que prendê-lo na palavra.
Adore este sítio .


De Maria Clarinda a 18 de Outubro de 2007 às 09:42
Por onde andas, ten ho saudades das tuas palavras. Jinhos


De Papiro Editora a 23 de Maio de 2008 às 11:28
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Salomé Guerreiro
Coordenadora editorial
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Parque das Nações
1990-091 Lisboa;


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